quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Resenha Sobre o Texto: Aspectos Culturais e Ideológicos da Construção da Regionalidade Gaucha de Álvaro Luiz Heidrich.
O regionalismo é a identidade de cada estado, mas isso não o faz independentes do resto do país, pelo contrário essa regional idade consolida ainda mais a nacionalidade, fazendo do Brasil o país da diversidade.A regional idade de cada estado está ligado diretamente aos teus aspectos geográficos e históricos, que reforçados pela literatura e pelos mitos regionais Formam a cultura de cada estado e todas as culturas regionais formam a nacionalidade, ou seja,a nossa cultura a uma salada de culturas regionais e é isto que faz do Brasil este ser tão peculiar.
A cultura regional tem sua origem da história e da geografia, como podemos observar nos estados do nordeste no qual o seu clima seco e o seu solo propiciam a seca, mobilizaram a cultura, principalmente a política da região que se trata da política da sobrevivência, ou seja, uma relação de trocas entre o povo nordestino e o governo(os nordestinos apóiam os projetos no governo em troca dos recursos para a SUS sobrevivência e manutenção do seu modo de vida), já Minas Gerais tem seus ideais políticos nos heróis da inconfidência mineira, principalmente o seu líder Tiradentes e este ideal faz da política um aspecto muito forte deste estado, pois o seu maior envolvimento na cultura nacional, além da pecuária é pela a política como vemos na republica café com leite, no governo de JK entre outros políticos mineiros.
O regionalismo gaucho é algo que valoriza os velhos costumes gauchescos, ao contrario de Minas gerais que tem Tiradentes como heróis o povo gaucho tem como ideal um personagem que eles podem ser “o gaucho”, na sua origem foi desprezado pelo seu caráter bandoleiro, mas após a assimilação ao peão e os guerreiro das diversas revoluções que o Rio grande lutou , passou a ser cultuado e representado como tipo representativo do pampa.O gaucho possui várias peculiaridades como:A sua vestimenta, as coxilhas e o pampa,o minuano,condição fronteiriça, influência étnica castelhana, guarani e portuguesa, atitudes cavalheirescas e espírito bravio , o seu sotaque característico um misto de português com castelhano e isso que faz do gaucho este ser tão peculiar.
O romance regionalista contribuiu e muito para essa imagem heróica do peão gaucho e um dos maiores responsáveis por isso é o escritor gaucho Simões Lopes Neto nas suas obras: Contos Gauchescos e Lendas do Sul , nas quais usa o dialeto típico gaucho e enaltece a os costumes e personagens da cultura sulina.Com o surgimento do romance realista surge Érico Veríssimo com O Tempo e o Vento, obra que relata mais de 200 anos de história, na qual apresenta a situação do temário gauchesco no momento em que o Brasil Industrial estava prestes a integrar-se econômica e culturalmente como disse Regina Zibberman ”O romance só pode surgir quando os pilares que os sustentam aquele grupo começam a ruir”.
Muitos achavam que com a decadência da literatura regional o regionalismo também entraria em decadência, mas pelo contrário ele continuou firme e forme porque havia outros pilares que o seguravam como por exemplo a música regionalista e nativista, os centros de tradições gauchas(CTGs) e demais entidades tradicionalistas do estado.
Segundo informações gráficas analisadas podemos dizer que existe mais CTGs na parte norte do estado onde originalmente se mesclam o campo e a mata e por isso é predominância da atividade agrícola de pequeno e médio porte, na parte sul podemos dizer que o numero de CTGs está em equilíbrio com a população existente nesta região predominante da paisagem campo e do modo de vida pastoril e onde estão localizadas as grandes estâncias, já a parte nordeste do estado onde se concentram os grandes centros urbanos , deixa muito a desejar quando o aspecto do cultivo das tradições gauchas, pois se relacionarmos o numero da população (que é a maior das três regiões citadas) e o número de CTGs (que o menor das três regiões citadas) como podemos notar os números são expressivos e mostram praticamente um abandono dessa região ao cultivo das tradições sulinas.Outras informações gráficas que reforçam essa idéia de cultivo do regionalismo gaucho são os dados sobre os festivais de músicas tradicionalistas no estado.Os dados dizem que a maior concentração destes festivais na região sul, depois está a norte e por último a nordeste, o que reforça a idéia de que a região mais urbanizada e industrializada do estado está deixando de lado o cultivo do regionalismo.O fato da região sul ter mais festivais de musica tradicionalista de ser pela proximidade da atividade pastoril e das grandes estâncias.
As peculiaridades gauchas formam a sua regionalidade, que é o que faz do Rio grande do sul este estado excêntrico e maravilhoso , pois articula a classe dominadora e a dominada da maneira coesa, além de uma oposição na coesão de âmbito nacional
O Regionalismo é algo essencial para todos os estados do País, por se tratar de identidade de cada estado, de cada região, pois está ligada a sua história e a sua geografia, porque em cada região existe suas peculiaridades que estão associadas a os aspectos já citados e a outros também como a literatura, as crenças populares entre outros, e são essas peculiaridades que fazem do Brasil tão irreverente e extraordinário.
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Inovações da Cartografia
A Cartografia tem como sua maior função representar de forma clara e precisa a superfície terrestre, possibilitando a identificação de características geométricas, da natureza e de outras particularidades dos objetos e fenômenos observados. Dês dos primordes que a ciência pensa em formas de melhorar e apropriar coisas já existentes e assim o fez com a cartografia criando a cartografia digital que se diferencia da analógica por suas inovações e eficiência na elaboração de mapas.
O processo cartográfico é muito importante para se obter informações sobre o nosso planeta. Primeiramente ela era usada para descoberta de áreas desconhecidas pelo homem, em seguida para a localização o que tornava a cartografia analógica algo essencial para nos seres humanos. Com o aparecimento da cartografia digital podemos aperfeiçoar essa área que é tão essencial para nossa sociedade.Com a cartografia digital ficamos independentes de aspectos que na cartografia analógica. O primeiro destes é a escala geométrica que é necessária na cartografia analógica por estabelecer uma proporcionalidade entre o modelo(mapa e o real(superfície terrestre referência), que na analógica é essencial por ela consistir num modelo reduzido do mundo real.Já na cartografia digital o mapa se consiste num modelo em verdadeira grandeza, isso pois a informação cartográfica é constituída a a partir das coordenadas dos pontos mapeados, na unidade de medida de levantamento, o que faz que o uso da escala geométrica não possua significado prático.
O segundo é se trata da independência de uma projeção cartográfica que são usadas no método analógico para relacionar matematicamente as coordenadas geodésicas do modelo elíptico da terra com s correspondentes coordenadas no plano da projeção.Já no processo cartográfico digital a utilização é dispensável, uma vez que as posições dos pontos podem ser armazenadas diretamente em coordenadas geodésicas sobre um modelo elipsóidico, armazenado no computador num arquivo de dados tridimensionais.A terceira tratas-se da representação contínua independente de folhas articuladas.No modelo analógico, o mapeamento sistemático de áreas da superfície terrestre exige a elaboração de caras com dimensões físicas adequadas para o seu manuseio.Nem sempre as dimensões disponíveis para a reprodução dos produtos analógicos são suficientes para representar os mapas na escala desejada.Com isso, torna-se necessário estabelecer um sistema de articulação das folhas correspondentes à área mapeada.Isso gera inconveniências para os usuários, principalmente quando a área de interesse abrange mais uma folha.Por outro lado,no modelo cartográfico digital,essa segmentação do espaço do espaço em folhas articuladas torna-se desnessária, uma vez que surge a possibilidade da representação cartográfica em espaço continuo.
O quarto seria a representação do relevo em 3D. No modelo analógico as formas de relevo num mapa bidimensional são tradicionalmente representadas a partir da projeção das isolinas de altitude (curvas de nível) sobre um plano.Nesse caso,torna-se necessário um elevado grau de abstração para interpretar a representação do relevo pode ser realizada a partir de modelos tridimensionais, desenvolvidos diretamente sobre uma superfície similar ao modelo da terra.Além desses aspectos de aperfeiçoamento da cartografia, através da cartografia digital.Existem outros como: estrutura lógica, semiografia, atributos, metadados, manutenção(atualidade)e acessibilidade e segurança.Isso aliado aos outros aspectos apresentados fazem da cartografia digital mais eficaz do que analógica
Portanto as mudanças causadas pelo uso de ferramentas da computação em todas as áreas do conhecimento humano propicia grandes avanços e resultados em todas
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Resenha: Metamorfoses do Espaço Habitado
O nosso espaço é modificado ao longo das épocas e com ele o nosso modo de vida. O conceito de modo de vida surge com o aperfeiçoamento do capitalismo. O campo é substituído aos poucos pelas grandes cidades. A diferença que antigamente era imperceptível acentua-se no decorrer das décadas.
Até mesmo a natureza vem sendo transformada em um comércio as trilhas ecológicas são em exemplo disto, além do uso da beleza de lugares como Fernando de Noronha e outras reservas naturais são usadas para tal fim. Os esportes radicais como: Rappel, Bangchamping, Raffinting entre outras outros são utilizado no turismo radical que faz parte do turismo ecológico que vem crescendo com o decorrer dos anos. O turismo é um grande comércio hoje em dia, pois cada vez mais a população investe no seu lazer para escapar do estresse do dia-a-dia.
O conceito de paisagem está inserido no conceito espaço segundo Milton Santos “O trabalho morto (acumulado) e a vida se dão juntos, mas de maneiras diferentes. O trabalho morto seria a paisagem. O espaço seria o conjunto do trabalho morto (formas geográficas) e do trabalho vivo o conceito social”. O nosso espaço está sendo dividido por conseqüência do capital, cada vez mais áreas ‘não produtivas’ e são obrigadas a ser capitalizadas, ou seja, se nelas não está ocorrendo nada de ‘produtivo’ para a economia são desvalorizadas, algumas sendo invadidas por movimentos sociais como, por exemplo: O movimento sem-terra.
O curioso é que muitos desses sem terra já tiveram a sua terra, entretanto sofreram o processo de desapropriação (muitas vezes de forma indevida), mas no mundo neoliberalismo que vivemos o lema é ‘tudo em favor do progresso’, ou seja, tudo em nome do aumento do capital. E o que me deixa intrigada é que os grandes donos de terra não perdem suas fazendas, sendo que muitas dessas dão ‘improdutivas’. Com isso vemos que na nossa sociedade não existe igualdade e que o poder político e aquisitivo infelizmente é discriminatório, por favorecer os ‘poderosos’ e esses querem cada vez mais multiplicar por cinco ou mais vezes o seu poder e junto com ele aumenta também os seus bens.
A região e a paisagem antigamente eram dadas como sinônimos, mas com as grandes transformações que houve no mundo, isto não é possível. As novas formas de organização espacial fazem que nós possamos dividir a paisagem em natural e artificial. A paisagem artificial se trata da paisagem transformada pelo homem, enquanto a natural é aquelas que ainda não foi mudada pela ação do homem. Se no passado predominava a paisagem natural, hoje está cada vez mais escassa, pois como já falei anteriormente quando ela não e dada como ‘improdutiva’ ela virá ponto turístico (isto acontece principalmente com as reservas naturais).
Com o avanço da tecnologia ocorreu uma artificialização do meio. O meio em que vivemos é artificial, por que hoje conseguimos alterar quase tudo que queremos como: a temperatura, a iluminação, a paisagem em ter outras coisas. Enfim a tecnologia na proporciona conforto e comodidade.
Infelizmente isto está diretamente ligada à globalização e com ela vemos o lado ruim do capitalismo: a miséria, a fome, a desigualdade social ente outros. Com o crescimento da dependência da sociedade á artificialização do meio surge à divisão da produção. Vamos pegar um carro como exemplo: O se motor é fabricado na Alemanha, sua bateria no a Japão, as rodas na china e assim por diante. E é por isso que as fábricas de automóveis vêm sendo transformadas em montadoras de automóveis, pois as peças são fabricadas no local que tem menor custo.
Vemos reflexos do capitalismo até nas estruturas das grandes cidades. As vilas e periferias a são um exemplo vivo disso. Essas surgiram, pois as propriedades do centro eram muito caras o que faz com que as pessoas com menor poder aquisitivo se instalasse nos morros e encostas de rios, fazendo assim surgir às vilas e periferias que existe em praticamente em todas as cidades (principalmente nos grandes centros).
Portanto a artificialização do meio, faz da tarefa de definir o espaço em algo cada vez mais complicado, pois se cria vários tipos de espaços: Políticos (continentes, paises estados e etc.), Industrial, Comercial (blocos econômicos), mas a configuração territorial (ou espacial) é dada pelo arranjo sobre o território dos elementos naturais e artificiais do uso social: plantações, canais, estradas, portos e aeroportos, redes de comunicação, prédios comerciais e residenciais, indústrias e etc.
A geografia geral é considerada importante por ser um resumo da geografia Física e da Humana, o que representa os principais dados que qualquer ser humano precisa saber para compreender melhor o nosso planeta e o meio ambiente que estamos inseridos. Já a geografia regional é mais precisa, o que a torna indispensável para nós geógrafos, pois apresenta dados detalhados do clima, relevo, hidrologia, astrologia o que torna mais fácil de notar as diferenças no passa do tempo nos aspectos anteriormente citados. O que nos faz analisar separadamente as duas geografias: a humana e a física, mas para avaliarmos o desenvolvimento do nosso planeta e da sociedade que nele vive e nisto está incluído o seu modo de vida.
Enfim definir espaço e região está cada vez mais difícil, pois com o passar dos tempos fica mais difícil separar os aspectos físicos dos sociais. E isto se comprova com o surgimento da região contemporânea que tem como principal característica a artificialização do meio.
Milton Santos é um autor e geográfico fascinante, prezo muito o seu trabalho, e por isso espero que as minhas conclusões estejam pelo menos cheguem perto da qualidade das dele.
Até mesmo a natureza vem sendo transformada em um comércio as trilhas ecológicas são em exemplo disto, além do uso da beleza de lugares como Fernando de Noronha e outras reservas naturais são usadas para tal fim. Os esportes radicais como: Rappel, Bangchamping, Raffinting entre outras outros são utilizado no turismo radical que faz parte do turismo ecológico que vem crescendo com o decorrer dos anos. O turismo é um grande comércio hoje em dia, pois cada vez mais a população investe no seu lazer para escapar do estresse do dia-a-dia.
O conceito de paisagem está inserido no conceito espaço segundo Milton Santos “O trabalho morto (acumulado) e a vida se dão juntos, mas de maneiras diferentes. O trabalho morto seria a paisagem. O espaço seria o conjunto do trabalho morto (formas geográficas) e do trabalho vivo o conceito social”. O nosso espaço está sendo dividido por conseqüência do capital, cada vez mais áreas ‘não produtivas’ e são obrigadas a ser capitalizadas, ou seja, se nelas não está ocorrendo nada de ‘produtivo’ para a economia são desvalorizadas, algumas sendo invadidas por movimentos sociais como, por exemplo: O movimento sem-terra.
O curioso é que muitos desses sem terra já tiveram a sua terra, entretanto sofreram o processo de desapropriação (muitas vezes de forma indevida), mas no mundo neoliberalismo que vivemos o lema é ‘tudo em favor do progresso’, ou seja, tudo em nome do aumento do capital. E o que me deixa intrigada é que os grandes donos de terra não perdem suas fazendas, sendo que muitas dessas dão ‘improdutivas’. Com isso vemos que na nossa sociedade não existe igualdade e que o poder político e aquisitivo infelizmente é discriminatório, por favorecer os ‘poderosos’ e esses querem cada vez mais multiplicar por cinco ou mais vezes o seu poder e junto com ele aumenta também os seus bens.
A região e a paisagem antigamente eram dadas como sinônimos, mas com as grandes transformações que houve no mundo, isto não é possível. As novas formas de organização espacial fazem que nós possamos dividir a paisagem em natural e artificial. A paisagem artificial se trata da paisagem transformada pelo homem, enquanto a natural é aquelas que ainda não foi mudada pela ação do homem. Se no passado predominava a paisagem natural, hoje está cada vez mais escassa, pois como já falei anteriormente quando ela não e dada como ‘improdutiva’ ela virá ponto turístico (isto acontece principalmente com as reservas naturais).
Com o avanço da tecnologia ocorreu uma artificialização do meio. O meio em que vivemos é artificial, por que hoje conseguimos alterar quase tudo que queremos como: a temperatura, a iluminação, a paisagem em ter outras coisas. Enfim a tecnologia na proporciona conforto e comodidade.
Infelizmente isto está diretamente ligada à globalização e com ela vemos o lado ruim do capitalismo: a miséria, a fome, a desigualdade social ente outros. Com o crescimento da dependência da sociedade á artificialização do meio surge à divisão da produção. Vamos pegar um carro como exemplo: O se motor é fabricado na Alemanha, sua bateria no a Japão, as rodas na china e assim por diante. E é por isso que as fábricas de automóveis vêm sendo transformadas em montadoras de automóveis, pois as peças são fabricadas no local que tem menor custo.
Vemos reflexos do capitalismo até nas estruturas das grandes cidades. As vilas e periferias a são um exemplo vivo disso. Essas surgiram, pois as propriedades do centro eram muito caras o que faz com que as pessoas com menor poder aquisitivo se instalasse nos morros e encostas de rios, fazendo assim surgir às vilas e periferias que existe em praticamente em todas as cidades (principalmente nos grandes centros).
Portanto a artificialização do meio, faz da tarefa de definir o espaço em algo cada vez mais complicado, pois se cria vários tipos de espaços: Políticos (continentes, paises estados e etc.), Industrial, Comercial (blocos econômicos), mas a configuração territorial (ou espacial) é dada pelo arranjo sobre o território dos elementos naturais e artificiais do uso social: plantações, canais, estradas, portos e aeroportos, redes de comunicação, prédios comerciais e residenciais, indústrias e etc.
A geografia geral é considerada importante por ser um resumo da geografia Física e da Humana, o que representa os principais dados que qualquer ser humano precisa saber para compreender melhor o nosso planeta e o meio ambiente que estamos inseridos. Já a geografia regional é mais precisa, o que a torna indispensável para nós geógrafos, pois apresenta dados detalhados do clima, relevo, hidrologia, astrologia o que torna mais fácil de notar as diferenças no passa do tempo nos aspectos anteriormente citados. O que nos faz analisar separadamente as duas geografias: a humana e a física, mas para avaliarmos o desenvolvimento do nosso planeta e da sociedade que nele vive e nisto está incluído o seu modo de vida.
Enfim definir espaço e região está cada vez mais difícil, pois com o passar dos tempos fica mais difícil separar os aspectos físicos dos sociais. E isto se comprova com o surgimento da região contemporânea que tem como principal característica a artificialização do meio.
Milton Santos é um autor e geográfico fascinante, prezo muito o seu trabalho, e por isso espero que as minhas conclusões estejam pelo menos cheguem perto da qualidade das dele.
Um mundo novo
Resenha
METAMORFOSES DO ESPAÇO HABITADO,
Fundamentos teórico e metodológico da geografia.
Milton Santos, Hucitec. São Paulo 1988.
No inicio de seu livro, Milton Santos apresenta um mundo novo, o da globalização que sobrepõe o período da internacionalização. Com o fim do imperialismo politico-econômico, resultado da revolução técnico cientifica que ocorreu nos últimos anos, o mundo passa por um processo mundial de integração politico, econômico e cultural que entretanto é dependente do progresso cientifico. Este, renunciando a toda a vocação de servir a sociedade, busca apenas o lucro desejado por produtores hegemônicos e acaba por se fragmentar impedindo uma visão global, atendendo a interesses utilitaristas. A globalização resultante é perversa, é uma concentração politica, econômica cultural e cientifica que gera um aumento das desigualdades sociais.
As ciências sociais não se excluem dessa situação. São descaracterizadas da mesma forma, desprezando os estudos globais e se submetendo aos interesses da produção, como as técnicas de marketing. Ou ainda apresentado as situações globais de forma dicotomizada ou maniqueísta, como as relações entre estado e a nação, ou ricos e pobres. Assim, elas se internacionalizam, usando de uma visão unidirecional do mundo, incapazes de uma visão total e ampla. Segundo o autor, a geografia não escapa também a essa critica, pois desenvolveu-se inicialmente a serviço do estado, sendo assim, pobre epistemologicamente. Entretanto o atual período histórico representa uma semente de uma mudança nessa tendencia devido ao aumento do conhecimento dos processos produtivos. Mas para isso é necessário colocar essas técnicas a serviço da humanidade. Cumpre agora libertar a tecnologia de finalidades simplesmente econômicas.
Diante de todo essa situação, a geografia fica como uma disciplina ameaçada pois a corrente utilitarista fragmentou-a serviço da produção, apresentando uma multiplicidade infinita tanto de espaços como de escolas impedindo-a de uma visão global coerente com o mundo atual. Para resolver esta situação o autor apresenta um novo método de que foge da síntese apresentando um método dialético. Considerando-se que o mundo mudou e os antigos métodos não são mais eficientes pois além de trabalharem com sínteses acabam por dicotomizar ou ainda fragmentar o espaço, é necessário q todas essas vertentes sejam integradas acompanhando o movimento continuo do espaço, que agora está em constante transformação. O uso do método do movimento das contradições complementares, integra de forma clara as varias categorias do espaço de maneiras a se ter uma visão global, e não mais parcial do espaço. É bom lembrar que o autor não rejeita as antigas categorias de analise mas as reformula como a região, que é articulada com o global sem ser determinante. Já a categoria primordial da geografia o espaço é passa por um imenso processo onde não é mais identificado como uma coisa mas como uma relação: coisas e relações conjuntas. Portanto, o espaço é compreendido se relacionando a outras realidades como a sociedade a natureza mediatizadas pelo trabalho. Assim o o objeto de estudo geográfico é o conjunto indissociável: espaço como forma e o conteúdo como a sociedade, que através de movimentos contraditórios constantes se transformam mutuamente.
É importante lembrar que Milton Santos não cai no simplismo de crer que seria possível formular teorias geográficas universais antes do advento de dados empíricos comprobatórios, e não os referentes a internacionalizam apresentada em tempos anteriores, mas a uma real mundialização. Sua contribuição nesse livro foi importantíssima para a compreensão teoria geográficas, rompendo com um ciclo de discursos críticos. Que sua suas palavras não fiquem restritas apenas pela vertente humana desta ciência, mas se espalhe por toda geografia trazendo uma visão totalizadora dos eventos geográficos, rompendo com a dicotomia geografia humana e física.
METAMORFOSES DO ESPAÇO HABITADO,
Fundamentos teórico e metodológico da geografia.
Milton Santos, Hucitec. São Paulo 1988.
No inicio de seu livro, Milton Santos apresenta um mundo novo, o da globalização que sobrepõe o período da internacionalização. Com o fim do imperialismo politico-econômico, resultado da revolução técnico cientifica que ocorreu nos últimos anos, o mundo passa por um processo mundial de integração politico, econômico e cultural que entretanto é dependente do progresso cientifico. Este, renunciando a toda a vocação de servir a sociedade, busca apenas o lucro desejado por produtores hegemônicos e acaba por se fragmentar impedindo uma visão global, atendendo a interesses utilitaristas. A globalização resultante é perversa, é uma concentração politica, econômica cultural e cientifica que gera um aumento das desigualdades sociais.
As ciências sociais não se excluem dessa situação. São descaracterizadas da mesma forma, desprezando os estudos globais e se submetendo aos interesses da produção, como as técnicas de marketing. Ou ainda apresentado as situações globais de forma dicotomizada ou maniqueísta, como as relações entre estado e a nação, ou ricos e pobres. Assim, elas se internacionalizam, usando de uma visão unidirecional do mundo, incapazes de uma visão total e ampla. Segundo o autor, a geografia não escapa também a essa critica, pois desenvolveu-se inicialmente a serviço do estado, sendo assim, pobre epistemologicamente. Entretanto o atual período histórico representa uma semente de uma mudança nessa tendencia devido ao aumento do conhecimento dos processos produtivos. Mas para isso é necessário colocar essas técnicas a serviço da humanidade. Cumpre agora libertar a tecnologia de finalidades simplesmente econômicas.
Diante de todo essa situação, a geografia fica como uma disciplina ameaçada pois a corrente utilitarista fragmentou-a serviço da produção, apresentando uma multiplicidade infinita tanto de espaços como de escolas impedindo-a de uma visão global coerente com o mundo atual. Para resolver esta situação o autor apresenta um novo método de que foge da síntese apresentando um método dialético. Considerando-se que o mundo mudou e os antigos métodos não são mais eficientes pois além de trabalharem com sínteses acabam por dicotomizar ou ainda fragmentar o espaço, é necessário q todas essas vertentes sejam integradas acompanhando o movimento continuo do espaço, que agora está em constante transformação. O uso do método do movimento das contradições complementares, integra de forma clara as varias categorias do espaço de maneiras a se ter uma visão global, e não mais parcial do espaço. É bom lembrar que o autor não rejeita as antigas categorias de analise mas as reformula como a região, que é articulada com o global sem ser determinante. Já a categoria primordial da geografia o espaço é passa por um imenso processo onde não é mais identificado como uma coisa mas como uma relação: coisas e relações conjuntas. Portanto, o espaço é compreendido se relacionando a outras realidades como a sociedade a natureza mediatizadas pelo trabalho. Assim o o objeto de estudo geográfico é o conjunto indissociável: espaço como forma e o conteúdo como a sociedade, que através de movimentos contraditórios constantes se transformam mutuamente.
É importante lembrar que Milton Santos não cai no simplismo de crer que seria possível formular teorias geográficas universais antes do advento de dados empíricos comprobatórios, e não os referentes a internacionalizam apresentada em tempos anteriores, mas a uma real mundialização. Sua contribuição nesse livro foi importantíssima para a compreensão teoria geográficas, rompendo com um ciclo de discursos críticos. Que sua suas palavras não fiquem restritas apenas pela vertente humana desta ciência, mas se espalhe por toda geografia trazendo uma visão totalizadora dos eventos geográficos, rompendo com a dicotomia geografia humana e física.
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